Avareza?
Ah, as complexidades do amor e das finanças, não é mesmo? Quem diria que uma conta bancária poderia causar mais drama do que um episódio de novela? Vamos falar sobre aquele momento peculiar em que um dos parceiros decide que é melhor guardar um segredo financeiro como se fosse a receita secreta da Coca-Cola. Sim, estamos falando daquele súbito “ganho” financeiro que aparece sem aviso e some mais rápido do que você consegue dizer “consciência limpa”.
Ora, por que alguém esconderia uma quantia expressiva de dinheiro do seu parceiro, aquela pessoa com quem prometeu dividir até a última fatia de pizza? Só pode ser avareza, medonha e brilhante! Quem nunca sonhou em ser o próximo Tio Patinhas, nadando em uma piscina de moedas douradas enquanto o parceiro acredita que o orçamento está apertado? Ah, a doce ilusão de comprar um iate invisível ou um castelo inflável que nunca verá a luz do dia.
Mas talvez a razão seja mais complexa. Medo de perder? Talvez o pavor de que, ao revelar o tesouro escondido, o olhar do parceiro se transforme no de um dragão faminto, pronto para consumir todo o ouro. É como se confessar fosse abrir a porta para uma auditoria doméstica com mais críticas do que elogios.
E é claro, a boa e velha falta de confiança. Porque afinal, todos sabemos que a base de um relacionamento saudável é a capacidade de esconder pequenos segredos triviais, como uma micro transação de loteria vitoriosa ou aquele investimento que, “ah, não tem importância, querido(a)”.
A verdade é que, no fundo, somos todos um pouco como piratas emocionais, navegando nas águas turvas do matrimônio, escondendo nossos mapas do tesouro. No fim das contas, basta lembrar que a riqueza verdadeira não está no saldo bancário, mas nas risadas compartilhadas e nas ironias da vida a dois.
Sem esquecer, claro, de guardar os comprovantes. Pode ser que venha a calhar.
Reginaldo Araujo